Essa coluna vai ser rapidinha mesmo, só pra não deixar passar em branco um fato grave que eu achei de suma importância debater por aqui.
Alguns bons amigos já chegaram a me dizer que eu me preocupo demais com esse lance da “paulistização” da mídia. Que o Flamengo é a maior torcida e sempre o será, independente de todo e qualquer movimento da imprensa de São Paulo, que hoje em dia domina a mídia nacional. Eu sei. E as últimas pesquisas vieram apenas confirmar isso, inclusive uma realizada pela primeira vez entre crianças – e que mostrou o Flamengo como tendo mais do que o dobro de torcedores mirins do que o segundo colocado.Esses dados são os que verdadeiramente importam.
Muitas vezes, sites e jornalistas vagabundos do estado bandeirante veiculam informação inverídicas a respeito do tamanho das torcidas no Brasil. No entanto, quando a manipulação parte de veículos de comunicação de massa e com cerdibilidade, a coisa é grave, e eu realmente me preocupo sim. Pelo simples fato de que, diz o velho ditado, “uma mentira contada mil vezes torna-se uma verdade”.
Por que tudo isto?
Pela falácia veiculada no portal Lancenet na noite de ontem, 04/09/2008, às 21:02.
http://www.lancenet.com.br/clubes/CORINTHIANS/noticias/08-09-04/376557.stm?timao-esta-em-fortaleza-sua-segunda-casa
Quer dizer então que o “Timão” se sente em casa quando joga no Ceará, pois “as últimas pesquisas dos institutos Ibope e DataFolha, realizadas em outubro de 2007 e janeiro deste ano” mostram que o Corinthians é a terceira maior torcida do estado do Ceará? Quer dizer então que a configuração das torcidas no estado seria, de acordo com estas pesquisas: “Ceará 26,3% dos torcedores; Fortaleza, 22,4%; Corinthians, 13,2%; São Paulo, 11,8%; e Flamengo, em QUINTO, 9,2%”???
MENTIRA!!!!!!
FALÁCIA!!!!!!
MANIPULAÇÃO!!!!!!
Pois vejam EXATAMENTE A TAL pesquisa do Datafolha, citada na “reportagem”:
http://datafolha.folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=538
Transcrevo:
Entre os moradores do Ceará, o Flamengo atinge 17% das menções. Fortaleza e Ceará atingem 8%, cada, percentual idêntico ao dos que citam o Corinthians como time do coração e próximo ao dos que citam São Paulo e a seleção brasileira (7%). Na capital cearense, os locais Fortaleza (18%) e Ceará (14%) disputam a preferência com o rubro-negro carioca (13%).
No ESTADO DO CEARÁ – que é o local citado pelo Lancenet, o Flamengo comanda de maneira avassaladora, meus caros. Tem mais que o dobro dos segundos colocados. Na capital, naturalmente, há uma força maior dos times da casa, o que não é suficiente para tirar do nosso Mengão do top-3.
Em Fortaleza, onde ocorrerá o jogo dos gambás rebaixados, a pesquisa Datafolha (instituto ligado ao jornal paulista Folha de São Paulo, diga-se de passagem) SEQUER FALA EM CORINTHIANS.
Meus queridos, isso é grave. Trata-se de uma informação mentirosa e parcial, veiculada no site do maior diário esportivo do Brasil. Estranhamente, um diário cujo proprietário é um flamenguista, mas que nos últimos tempos vem se notabilizando por enveredar maiores esforços em terras paulistas e em prol de seus torcedores. Um exemplo é a tal promoção da camisa histórica, que já foi lançada em São Paulo há mais de 6 meses mas que os torcedores dos times do Rio até agora não sentiram nem cheiro. Mas até aí tudo bem, talvez questões logísticas ou de outras naturezas expliquem. O inadmissível é que se manipule informações de modo a agradar uma torcida específica – principalmente quando esta torcida – é aquela sabidamente a queridinha da mídia e do mercado publicitário – sediados e focados em São Paulo.
A torcida do Flamengo exige uma retratação do portal e do diário em questão, sob pena de descredenciá-lo como fonte de pesquisa e leitura diárias, feitos por tantos de nós.
*********
Sabem por que times como estes tentam, tentam, mas nunca conseguem ser o que somos? Por pensarem e agirem como esse “grande ídolo brasileiro” aqui, que deu a seguinte declaração:
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Sao_Paulo/0,,MUL748504-9875,00.html
“-Com todo respeito, não me imagino jogando a Copa do Brasil com um time que foi cinco anos seguidos para a Libertadores. Não me vejo jogando em Macapá em vez de Maracaibo (Venezuela)”
Arrogância, prepotência e preconceito não condizem com o que o povo espera de um time para escolhê-lo como paixão nacional. Como bem diz o meu amigo Daniel Tertschitsch , esse timinho pequeno-burguês nunca vai deixar de ser o que é. Elitezinha da moda. Nada mais.
Vinicius Paiva é Servidor público federal e escreve para o site aos sábados
sábado, 6 de setembro de 2008
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Direita ou Esquerda ?
Uma universitária cursava o sexto semestre da Faculdade. Como é comum no meio universitário, pensava que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza.
Tinha vergonha do fato de seu pai ser um rico empresário de direita e, portanto, contrário aos programas e projetos socialistas que previam dar benefícios aos que não mereciam e impostos mais altos aos que tinham mais dinheiro. A maioria dos seus professores tinha afirmado que a filosofia de seu pai era equivocada.
Por tudo isso, um dia, decidiu enfrentar o pai.
Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialética de Marx, as teorias de Lenin e Mao, procurando mostrar-lhe que estava errado ao defender um sistema tão injusto como o da direita.
No meio da conversa o pai perguntou:
- Como vão as aulas?
- Vão bem, respondeu ela. A média das minhas notas é 9, mas me dá muito trabalho consegui-las. Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu:
- E a tua amiga Sônia, como vai?
Ela respondeu com muita segurança:
- Muito mal. A sua média é 3, principalmente, porque passa os dias em shoppings e em festas. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Com certeza, repetirá o semestre.
O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:
- Que tal se você sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das suas notas para as da Sônia. Com isso, vocês duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para você, mas convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas.
Ela indignada retrucou:
- Por quê?! Eu estudei muito para conseguir as notas que tive, enquanto a Sônia buscava o lado fácil da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.
Seu pai, então, a abraçou carinhosamente, dizendo:
- Bem-vinda à Direita!
Tinha vergonha do fato de seu pai ser um rico empresário de direita e, portanto, contrário aos programas e projetos socialistas que previam dar benefícios aos que não mereciam e impostos mais altos aos que tinham mais dinheiro. A maioria dos seus professores tinha afirmado que a filosofia de seu pai era equivocada.
Por tudo isso, um dia, decidiu enfrentar o pai.
Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialética de Marx, as teorias de Lenin e Mao, procurando mostrar-lhe que estava errado ao defender um sistema tão injusto como o da direita.
No meio da conversa o pai perguntou:
- Como vão as aulas?
- Vão bem, respondeu ela. A média das minhas notas é 9, mas me dá muito trabalho consegui-las. Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu:
- E a tua amiga Sônia, como vai?
Ela respondeu com muita segurança:
- Muito mal. A sua média é 3, principalmente, porque passa os dias em shoppings e em festas. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Com certeza, repetirá o semestre.
O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:
- Que tal se você sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das suas notas para as da Sônia. Com isso, vocês duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para você, mas convenhamos, seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas.
Ela indignada retrucou:
- Por quê?! Eu estudei muito para conseguir as notas que tive, enquanto a Sônia buscava o lado fácil da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.
Seu pai, então, a abraçou carinhosamente, dizendo:
- Bem-vinda à Direita!
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