A teoria literária já determinou que o único componente fundamental de uma narrativa é o conflito.
O esqueleto fundamental ao redor do qual cresce a carne de todas as histórias é o mesmo: (1) no primeiro momento, está tudo bem; (2) no segundo, surge um conflito; (3) no terceiro momento, o conflito é resolvido ou não.
Nesse intervalo cabem todas as histórias da Terra, contadas ou não, das tragédias gregas à novela mais recente da televisão.
O conflito é uma tensão que surge na história para apertar a vida do protagonista. Romeu e Julieta se amavam, mas suas famílias se odiavam. Indiana Jones queria paz, mas os nazistas estavam querendo colocar suas mãos na Arca Perdida. Jack e Rose estavam dispostos a investir tudo no seu amor, mas no meio do caminho tinha um iceberg. Frodo era um hobbit pacato, mas em seu caminho havia um Anel.
O conflito não apenas faz a história avançar: ele é a sua razão de ser. O conflito é o sopro de vida da narrativa – para a história, o conflito é uma graça paradoxal.
Sem conflito não haveria história.
Indiretamente da fonte, Bacia das Almas
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