sábado, 16 de agosto de 2008

Tempo

O homem tem pressa. Ele não sabe onde vai chegar, mas vai com pressa. Corre atrás do tempo e, quando acha que alcançou, na verdade, já o perdeu.

Atribulado, acelerado, não consegue ver o sol, não ouve os pássaros, não sente a brisa do outono, e, na verdade, nem percebe quando choveu. Homem, pra que direção você corre tanto, pra que lado você quer ir, qual o real sentido que você quer dar ao seu caminhar, em que estação, afinal, você deseja (des)embarcar?!

O homem tem muita pressa, e disparado lá vai ele, perdendo tempo, perdendo energia, perdendo o real e verdadeiro sentido da vida e nem sente que não saiu do lugar da compreensão, não arredou um milímetro do espaço do entendimento e, pobre de tudo isso, acelera, cruza o sinal vermelho da vida, atropela os que perceberam a razão de andar no ritmo do tempo, porque aprenderam que tudo acontece no momento determinado por ele.

Isso pra mim é escravidão, onde procura a libertação dos ponteiros sem perceber o quanto se tornou escravo do tempo. Sinceramente, não sei se você parou pra pensar, mas você não avançou nada na estrada da vida - mesmo com essa sua pressa -, você não tem alcançado estação alguma, não tem conquistado o tempo, mas na verdade, você foi conquistado e esmagado por ele e, sem ter compreendido tudo isso, continua estático, e vai permanecer paralisado até que, sem esperar, vai cruzar com a fita de chegada.

Assim, você terá alcançado o que não sua pressa não tinha pressa...

Um comentário:

Unknown disse...

nem tem o qe comentar .. muito bom