sábado, 1 de novembro de 2008

... e o olhar

Quando você achava que já não encontraria o sol em seu caminho e nem a lua que traz o amor na noite solitária, eis que dois olhos com um brilho de saturno miraram fundo nos seus e causaram um clarão de paz e harmonia.

A partir disso, nunca mais dias de nuvens escuras, sol sem cor, líquido do prazer sem o gosto da emoção, e seus dias foram plenos de atenção, desvelo, sentimentos e um planeta de amor puro como brilhante lapidado no coração da paz.

É disso que se faz a vida, de detalhes que pareciam sem sentido, de fatos (des)importantes, de manhãs sem o riso alegre do coração, mas que, ao menor sinal (como por encanto) transforma tudo em um turbilhão que revoluciona e entontece um par de olhos que antes não tinha para quem olhar.

Sempre que parecer sem saída, momentos onde a cegueira da desilusão querer se instalar, quando o lenço da esperança encenar uma despedida, lembre-se que dois olhos vindos de um lugar distante poderão deitar sobre os seus e ocasionar o (in)dizível, o inesperado, o clarão que faz tanto valer a pena estar vivo e pronto para recebê-los e clarear a escuridão de um viver.

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