Em uma noite de céu estrelado, olho para o céu e vejo como as estrelas são interessantes e belas. Possuem um brilho fascinante (e são tantas). Uma ao lado da outra, ordenadamente, chegamos até a imaginar diversos traços e formas. Incríveis. Encantadoras.
Mas, se paramos para pensar um pouquinho, se temos que olhar para cima para vê-las, nos colocamos como seres inferiores ou subalternos diante de tal magnificência. Faz sentido?
Enquanto tamanha beleza se esbalda nos céus, nós, ficamos aqui embaixo, apenas imaginando como exatamente as coisas acontecem lá em cima. Posso afirmar com convicção que, por um momento que você imaginou como é esse palco lá em cima, você sentiu um friozinho na barriga... aham, confesso, eu também sinto. Admiração.
Para se ter mais certeza do que estou afirmando, desde os imemoriáveis tempos, grandes homens dispõem de todo seu tempo realizando estudos científicos visando novas descobertas sobre elas. E também pense na quantidade de dinheiro que foi gasto para que, até hoje, ainda ter poucas certezas e muitas dúvidas sobre essas "encantadoras de olhos". Claro que atualmente sabemos que esses seres nada têm de encantado e que temos um bom conhecimento de como eles se formam, mas mesmo assim, ainda atiçam nossa curiosidade. É o instinto.
Como é incrível nossa capacidade de se interessar por aquilo que é magnífico, divino, inalcançável, mesmo quando aquilo não passa de uma concentração de nuvens de gazes (sobretudo hidrogênio) e poeira interestrelar que entram em colapso devido a força da gravidade. E o que, anos e anos de olhos voltados para o céu, pesquisas, esforços e adoração, deram para aqueles que se mantiveram fiés a essa causa?
Muito pouco ou quase nada...
... mas ainda continuamos a adorá-las.
Tudo isso só me faz pensar que todo esse trabalho por nada só pode ter um nome: amor. Existe ainda sua variação menor: paixão.
Engraçado... olhando assim sob esse prisma, percebo o quanto as estrelas se parecem com as pessoas...
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